Levantamento aponta que Agropecuária alavancou o PIB em Pernambuco

O setor agropecuário pernambucano, que no ano passado apresentou uma recuperação significativa, foi o grande responsável pelo bom desempenho da economia do estado nos primeiros três meses de 2018. É o que aponta o levantamento trimestral do Produto Interno Bruto (PIB), apresentado ontem pela Agência Estadual de Planjemaneto e Pesquisas (Condepe/Fidem). No cenário geral, a economia de Pernambuco foi quase 60% superior à do Brasil, já que o estado registrou um aumento de 1,9% em relação ao mesmo período de 2017, contra 1,2% em âmbito nacional.

Na agropecuária, o segmento com crescimento foi o das lavouras temporárias, especialmente as culturas de milho, mandioca, feijão, abacaxi e tomate. Presidente do Condepe/Fidem, Bruno Lisboa lembrou que os insumos são cultivados, em sua maior parte, no semiárido pernambucano, região que registrou uma melhora nas condições climáticas após um forte período de estiagem. Já o cultivo de cana-de-açúcar, arroz e cebola sofreu queda. “No caso da cana, o que influenciou foi a renovação dos canaviais, que reduz a produtividade num curto prazo. O arroz e a cebola apresentaram momentos de aumento de oferta e redução de preço”, justificou. Os plantios de banana, café e maracujá também apresentaram bons resultados.

Já a pecuária apresentou um comportamento estável, com crescimento de 0,5%. O destaque foi para a produção de ovos. No entanto, a avicultura de corte registrou contração, assim como a bovinocultura, a produção de leite e a suinocultura. “No setor agropecuário, a flutuação (oscilação) acontece de maneira natural. Um resultado negativo não significa que o desempenho será assim durante todo o ano”, pontuou Lisboa.

Responsável por 76% da composição do PIB do estado, o setor de serviços cresceu 1,4%. O bom resultado foi decorrente, sobretudo, do aumento de 6,8% nas intermediações financeiras, seguros, previdência complementar e serviços relacionados. A tendência de aumento nesse segmento já vinha sendo observada nos últimos meses, de acordo com a Condepe/Fidem.

Com um crescimento médio de 0,9% no primeiro trimestre, o setor industrial foi puxado, sobretudo, pela indústria de transformação. O destaque foi para os segmentos de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, com alta de 33,3%, e o setor automotivo, com 13,7%. Por outro lado, produtos derivados do petróleo foram os que mais caíram (-12,7%).


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