quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Michael Jackson 60 anos : Meu encontro com o rei do pop em São Paulo

Michael com a turnê Dangerous em Sampa /1993


Uma crônica sobre os 60 anos de Michael Jackson
Por Marcos Antônio



Desde moleque sempre fui muito fã de Michael Jackson.Desde a época dos Jackson 5, aquela criança me  encantava com sua voz,interpretação,danças coreografadas e letras que apesar de não entender , adorava a melodia e o ritmo.

Anos se passaram.E lá estava eu.Na cidade certa,São Paulo.No mês certo,outubro.No ano certo,1993.Não lembro exatamente se era um sábado ou domingo.E, isso pouco fazia diferença.O mais importante é que eu estava a postos na ansiedade de assistir aquele que seria o maior show musical da minha vida.

Michael Jackson em turnê pelo Brasil com apresentação prevista para a capital paulista. Dangerous Tour, esse era o show que ele estava rodando o mundo.Tour que começou na Alemanha, terminou no México e que chegou ao Brasil.

Estádio do Morumbi.Na data prevista lá estava eu e um grande parça Julinho como testemunha.Seria algo para ficar para posteridade.E, ficou, pois já se passou 25 anos, desde aquele 17 de Outubro de 1993.Havia uma demora muito grande para o inicio do espetáculo.Em vez de vaias, aplausos e gritos de Michael, Michael, Michael...As luzes se apagaram.Houve um silêncio sepulcral.De repente - um jato de luz emitido por um desses canhões de efeitos de luzes e cores instalados no palco projeta no alto uma figura ainda indecifrável.

Todos olham para o alto, e começam a entender, que seria ele, Michael Jackson.Preso a um cabo de aço, ele começa a descer lentamente como se preso a um rapel estivesse.Ao som de uma de suas músicas, ele pisa suavemente no solo do super palco montado na super estrutura megalomaníaca a altura do rei do pop.O delírio dos cem mil fãs se igualava a um gol do São Paulo em fim de campeonato.

Michael Jackson apareceu no centro do palco, e ficou estático por três minutos levando a plateia à histeria absoluta. Em seguida, detonou com Jam ao lado de bailarinos. O estádio do Morumbi veio abaixo. Blecaute no palco e Michael ressurge com sua camisa espacial dourada e começa a cantar Wanna Be Startin Somethin do álbum Thriller. O show de luzes é incrível. 

A terceira canção Human Nature, é emocionante. Ao termina-la, Michael volta a ficar estático no palco e o público fica todo iluminado. Surgem sombras gigantescas do cantor e ele retorna de blazer branco e chapéu, para cantar Smooth Criminal.

Só depois de muitos minutos cantando e dançando, veio a primeira interação do rei do pop com seus súditos.Foi um " Hellô São Paulo. How Are You  ? ".Em seguida  o bastão de Michael Jackson produziu explosões sensacionais. No final da música, os bailarinos tombavam com rajadas de fogos de artifícios disparados por uma metralhadora. 

Sensacional! Michael volta para a romântica I Just Can’t Stop Loving You. No meio da canção, escolhe uma fã felizarda e a leva para o palco e dança com a menina. A emoção é máxima. Ao terminar a música ele se ajoelha e demonstra estar chorando, dizendo (I love you). Beleza pura. Voltando ao palco com uma jaqueta prateada, Michael inicia um medley de sucessos antigos do Jackson 5, Michael Jackson consegue um dos momentos mais tocantes do show, quando os telões mostram imagens dele e de seus irmãos.


Tudo até então perfeito.Total sincronia entre público e artistas.Dança a performáticos bailarinos.Estrelas  e isqueiros acesos.Celulares fizeram falta nos anos 90.Simbiose perfeita entre as testemunhas daquele momento único e magico com a trupe MichaelJackiana, diria assim...


Chega a hora da espetacular Thriller. Enquanto Michael canta a sensacional canção, monstros e zumbis se juntam a ele no palco, compondo o espetáculo de horror. Segue a mega Billie Jean, quando Jackson, de luvas brancas, sozinho no palco arrasa na voz e na dança com seus especialíssimos passos Moonwalk. Essa sequência é de tirar o fôlego de qualquer um. Após o clipe de Moonwalk nos telões, Michael volta para cantar Will You Be There, e camisa branca ao lado de bailarinos ‘turcos’’. Mais um intervalo e o astro volta de terno para cantar Dangerous, carro-chefe do disco e da turnê.

Momento máximo: os telões mostram um clipe de Macaulay Culkin e o público já sabe o que vem a seguir. Trata-se de Black Or White. Ao lado da guitarrista de cabelo moicano altíssimo.Guitarrista essa que esteve em Garanhuns no saudoso Festival de Jazz da cidade alguns poucos anos atrás.Michael detona Black Or White e a galera delira. Segue We Are The World com o publico acompanhando o entusiasmos. No final, Michael canta Heal the World acompanhado por um coral de meninos órfãos. Emocionante e sensacional. Um festival de fogos e artifícios encerrou o espetáculo.

Ao final de quase duas horas de espetáculo, o publico extasiado deixa o estádio do Morumbi como se saísse de um sonho high-tech. Perfeito como um grande vídeo clipe ao vivo , o show de Michael teve o poder de encantar adultos, adolescentes e crianças. E eu ali, na arquibancada, no auge dos meus vinte e poucos anos.Delirando por assistir o meu ídolo de infância.Michael Jackson estava ali, e eu há poucos metros de um dos maiores nomes da música pop de todos os tempos para assistir ao maior show da minha vida.Eu e meu bom amigo Julinho também de Garanhuns que de olhos arregalados não queria deixar o estádio do Morumbi e pedia para que o beliscasse para ter certeza que não tratava-se de um sonho.

Hoje, quarta-feira,29 de agosto se vivo estive estaria completando 60 anos.Portanto fica aqui a minha homenagem ao sempre eterno Michael Jackson, o rei do pop e que nos deixou no dia 25 de junho de 2009.Uma pena não poder registar os ótimos momentos para ilustrar essa crônica.Mas fica aqui meu registro nesse texto nessa data de aniversário...


Um Morumbi lotado para o show do século - Imagens de 1993


Por Marcos Antônio - DRT 1708 -

Obs : Agradecendo a outro fã de Michael, o Denerval Ferraro, por ter contribuído com essa crônica na sequência dos títulos das músicas.
Lembrava de quase todas, mas não na sequência estabelecida no texto e ao amigo Julinho por também ter contribuído com outras informações que complementaram o texto e me lembraram outros detalhes importantes...


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