Polêmico secretário de Cultura de Pernambuco é exonerado e Garanhuns agradece

Marcelino Granja não é mais secreta´rio de Cultura de Pernambuco

O polêmico secretário de Cultura do estado de Pernambuco, Marcelino Granja, foi exonerado da função nesta quarta-feira,23, a exoneração foi publicada no Diário Oficial hoje.Pelas redes sociais, Marcelino Granja justificou que não acumulará mais duas funções, pois além de secretário de Estado é presidente do PC do B em Pernambuco, função que exerce desde abril de 2018.

Mas, nos bastidores o que se comenta é o desgaste do ex-secretário em relação a alguns episódios entre eles a polêmica peça " O Evangelho Segundo Jesus, a Rainha dos Céus", que constava na grade de programação do Festival de Inverno de Garanhuns e que não foi digerida pela maioria da população da cidade.

O episódio mobilizou as igrejas evangélicas e o bispo da cidade em nota chegou ameaçar o governo de não abrir a igreja para as apresentações que estavam programadas para serem apresentadas por lá.O prefeito Izaías Régis pediu ao então secretário Granja, para cancelar essa apresentação, mas, foi refutado , e recebeu um sonoro ," a peça vai acontecer custe o que custar", na versão do prefeito.O embate continuou com o Teatro Alfredo Leite Cavalcante, o Centro Cultural, sendo vedado para apresentação do monologo e finalmente a polêmica chegou ao governador Paulo Câmara que vetou a exibição da peça.

A polêmica não parou por aí e foi parar na justiça.Vários políticos do interior e da capital pediram ao governador a exoneração do secretário, o que só aconteceu agora.Marcelino Granja é engenheiro civil, analista tributário, e ex-secretário da fazenda em Olinda, o que causou á época estranheza da classe artística preocupada com os rumos que a cultura no estado tomaria com um desconhecido ocupando um cargo meramente politico.

Chamou o ministro da Cultura de golpista e ensaiou uma vaia

Outro episódio a ser relembrado envolvendo o secretário aconteceu em 2016, quando Marcelino Granja, num ataque de loucura ensaiou uma vaia ao então ministro da Educação, Roberto Freire, (que estava em visita oficial ao Palácio dos Campos das Princesas em Pernambuco), chamando-o de  " golpista ". O pernambucano Roberto Freire que também é comunista, mas com uma trajetória politica bem acima do que o Granja.Esse ato insano de Marcelino Granja lhe rendeu muitas críticas de opositores e de gente do próprio governo.

Mas, vaia, é algo que o ex-secretário gosta de ensaiar e que também as recebe vez por outra.O ano passado em Garanhuns na abertura do Festival de Inverno no Centro Cultural , em seu discurso de abertura do Fig 2017, pediu vaias ao presidente " golpista" Temer, o que foi seguido pela metade da platéia presente.Já este ano, na divulgação da programação do Festival de Garanhuns no Palace Hotel, fez discurso contra o neo liberalismo e a favor de " Lula Livre", despertando vaias de uma platéia formada por comunicadores e que estavam mais preocupados e interessados com a divulgação dos artistas que iriam compor a programação do FIG 2018, e não com discursos políticos cansativos e chatos. 

Assume a pasta da Cultura, Antonieta Trindade que era a vice-presidente da Fundarpe. Marcelino Granja termina a nota dizendo que no fim do ano fará um balanço sobre os anos que passou a  frente da pasta da Cultura.Ele estava a frente da pasta desde 2014.

Bom, se tem uma coisa que a população de Garanhuns não sentirá falta será do polêmico comunista e ex-secretário Marcelino Granja.


Marcos Antônio - Jornalista DRT 1708