Débora e Jayse são os representantes do Brasil ao prêmio de melhores educadores do mundo Foto: Divulgação |
Dois brasileiros estão na lista final dos 50 melhores
educadores do mundo, e seguem com chances de ganhar Global Teacher Prize,
considerado o “prêmio Nobel da Educação”. Débora Garofalo é professora de
tecnologias da EMEF Ary Parreiras, em São Paulo, e Jayse Ferreira é professor
de Educação Artística na Escola de Referência em Itambé, Pernambuco. Eles agora
aguardam a próxima etapa da disputa pelo prêmio de US$ 1 milhão, que será
entregue em março de 2019, em Dubai, capital dos Emirados Árabes.
Débora e Jayse foram
selecionados entre mais de 10 mil candidatos de 179 países de todo o mundo. A
lista dos 50 finalistas tem representantes de 39 países. Para a escolha, o
comitê de premiação leva em consideração o emprego de práticas educacionais
escalonáveis, inovadoras, que tenham resultados visíveis, causem impacto na
comunidade, melhorem a profissão docente e ajudem os alunos a tornarem-se
cidadãos. Na próxima etapa, em fevereiro de 2019, a Academia do Prêmio Global
de Professores vai anunciar os 10 finalistas.
QUEM É JAYSE FERREIRA
Jayse
Ferreira é professor de Educação Artística em uma escola pública com poucos
recursos, numa cidade pequena na divisa entre Pernambuco e a Paraíba. Eleito
“Melhor Professor do Brasil em 2014”, Ferreira conta que encontrou uma escola
com altíssimo índice de faltas e muitos problemas de preconceito racial e
religioso na escola, que prejudicavam seriamente o desempenho escolar, além do
fato de que os pais nunca atendiam às convocações.
Com projetos que
envolviam filmes, ensaios fotográficos, internet e muitas atividades envolvendo
a comunidade, Jayse conta que conseguiu resgatar a auto-estima dos alunos:
Fizemos até mesmo uma exposição onde os alunos eram as
obras de arte. Chamar o aluno pra fazer parte promove uma diferença gigantesca:
permanência na escola, aumento do número de matrículas, envolvimento dos pais,
tudo melhora”, conta.
Mas para iniciar
seus projetos, o professor conta que é preciso ser “um pouco rebelde” para
botar tudo em prática.
A gente tinha uma evasão gigantesca, os pais mal
apareciam. Mas também, as reuniões só trazem más notícias. Porém, quando
trouxe os pais para participar, a família se tornou parceira da escola. E a
escola tem que mostrar para a comunidade que funciona. A gente tem que mostrar
que é pública, mas é da melhor qualidade. Eu não queria essa imagem de
professor- A educação transformou minha vida e vai transformar a
deles também”, diz.
Jayse é professor de Educação Artística em uma escola pública na divisa entre Pernambuco e a Paraíba. — Foto: Divulgação |
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