O Papa Francisco enviou uma carta ao povo do Chile sobre o
escândalo de pedofilia que abalou a imagem da Igreja Católica no país, na qual
admite sentir “vergonha” por não ter reagido às denúncias a tempo.
O escândalo no Chile gira em torno
do padre Fernando Karadima, 87 anos, condenado pelo próprio Vaticano por violência
sexual contra menores. No entanto, suas vítimas também acusam o bispo de
Osorno, Juan Barros, e o arcebispo emérito de Santiago, Francisco Javier
Errázuriz, de terem acobertado as denúncias.
Em viagem recente ao Chile, em janeiro, o Papa
disse serem “calúnias” as acusações contra Barros, revoltando as vítimas e
provocando críticas até de aliados, como o cardeal norte-americano Sean
O’Malley, chefe de uma comissão antipedofilia do Vaticano.
Desde então, Francisco se desculpou com as vítimas
em diversas ocasiões e mandou o arcebispo de Malta, Charles Scicluna, para
aprofundar as investigações no Chile. A missão culminou em um relatório de 2,3
mil páginas que fez o Papa reconhecer “graves erros de avaliação” sobre o
escândalo.
Em seguida, o Pontífice recebeu três vítimas de
Karadima e os membros do episcopado chileno, que apresentaram uma renúncia
coletiva. Nos próximos dias, Scicluna voltará ao Chile com o padre Jordi
Bertomeu, oficial da Congregação para a Doutrina da Fé.
A missão terá como foco a diocese de Osorno, onde trabalha Juan BarrosMetrópolis
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