Hospital Correia Picanço, para onde os casos foram encaminhados. | Annaclarice Almeida/DP/Arquivo |
Durante o período carnavalesco, várias pessoas dirigiram-se ao hospital Correia Picanço - referência estadual no tratamento de doenças infecto-contagiosas – no bairro da Tamarineira, relatando terem sido furadas por seringas. Durante o período da folia, até ontem, cerca de 10 pessoas teriam dado entrada na unidade de saúde. Na manhã desta quarta (6), a Secretaria de Saúde do Estado divulgou boletim afirmando que este número de vítimas subiu para 25. Deste quantitativo registrado, pelo menos 15 eram mulheres, com idade variando entre 17 e 46 anos.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou ainda que, desde o último sábado (02) de Carnaval, está monitorando os registros da saúde por meio do software Ambiente de Monitoramento de Risco (Amber). Afirma que todos os pacientes admitidos na unidade passaram pela profilaxia pós-exposição (PeP), tratamento padrão usado na prevenção da infecção pelo HIV, e foram liberados após avaliação médica, com a orientação de retorno após 30 dias para conclusão do tratamento. A SES informa, ainda, que, segundo os relatos repassados pela maioria das vítimas, as autoridades policiais não chegaram a ser acionadas. Os pacientes foram orientados a procurar os órgãos competentes para investigação das ocorrências, já que as investidas podem ser tipificadas como crime.
Um dos casos - Uma moradora de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, teria sofrido um ataque de um seringa durante o show do Monobloco na madrugada da última segunda-feira. O relato foi feito por uma amiga que estava presente, Maria Rita Aderaldo, que veio do Distrito Federal para curtir o Carnaval. O relato foi dado por Maria Rita que quis preservar a identidade da amiga. "No meio do show de Monobloco, no Marco Zero, estamos de saída quando um homem, vestido de branco, veio na direção oposta e furou a minha amiga", relata.
Como em casos como este, a primeira suspeita é de infecção com o vírus HIV, Maria Rita, que estava acompanhada do marido, levou a amiga para o hospital Correia Picanço, que é especializado em infectologia. "Chegando lá, o segurança, alguma enfermeiras e a chefe do plantão nos informaram que, no dia anterior, durante o galo da madrugada, mais oito pessoas haviam dado entrada na emergência pelo mesmo motivo", destaca a turista.
Fonte DP
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