Cristina Amaral - Foto: Hiltom Marques |
A noite de segunda-feira (23), no Palco Mestre Dominguinhos, foi marcada pelo saudosismo. Três shows resgataram e reconheceram a obra daqueles que deixaram uma contribuição valiosa para a cultura do país: Gonzaga Leal e Áurea Martins cantaram Dalva de Oliveira - 100 anos ; Cristina Amaral cantou Nubia Lafayette, e Bárbara Eugênia cantou Diana.
Os tributos, além de revisitarem o repertório desses grandes artistas, reverenciaram o talento e o legado deles para as futuras gerações de músicos. “Costumo dizer que ela [Dalva de Oliveira] está para o Brasil do mesmo modo que Edith Piaf está para a França. Uma artista absolutamente original, arrojada, moderna para o seu tempo e atrevida nas canções que ela defendeu e nas intenções das letras”, observou Gonzaga, que convidou Áurea para representar a voz potente de Dalva.
Mas, a grande expectativa era para o show que veio em seguida, encerrando a quinta noite do Festival,o ótimo e carismático Odair José que fez um show nostálgico. Em entrevista a esse blog , o artista goiano falou da alegria de voltar a Garanhuns depois de nove anos e que mesmo aos 69 anos, segue empolgado nos palcos e já tem projeto musical novo a caminho.
Odair José no palco do Fig 2018 |
No palco o artista destilou um repertório de rock, do CD Gatos e Ratos, que é a fonte que ele bebeu em inicio de carreira e que continua a fazer, passando pelos grandes sucessos que o consagraram num período de ditadura militar no Brasil, e que teve músicas proibidas como " Uma vida só", ( Pare de tomar a pilula), " Vou tirar você desse lugar", e " deixa essa vergonha de lado", entre tantos outros sucessos dá sua fase áurea, e quase o levaram a ser excomungado pela igreja católica por músicas também de desagrado a instituição religiosa.
O público presente não foi o esperado para a magnitude das homenagens que foram feitas as grandes divas da musica brasileira, e ao grande Bob Dylan da Central do Brasil, é bem verdade que foi numa segunda-feira chuvosa e fria, mas, isso não tirou o brilho das apresentações e os que lá estiveram saíram satisfeitos pelo que viram e vivenciaram.
Redação de Marcos Antônio com algumas informações da assessoria da Fundarpe
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