Há mais de 40 anos, o músico baiano Raul Seixas, já previa em uma de
suas músicas - o dia em que a terra parou - como
seria a rotina de uma população se as pessoas não saíssem para cumprir
suas rotinas do dia a dia. Já no filme Mad Max, estreado
pelo astro Mel Gibson,39 anos atrás, apresentava um cenário futuro apocalíptico
onde a gasolina era o bem de consumo mais valioso e com isso brigas pelo
precioso líquido era um fato relevante.
A realidade está imitando a arte? Pois bem, guardada os excessos do filme e dá música,o Brasil se depara com cenas que lembram e muito as duas situações contidas na letra do maluco beleza e no filme protagonizado pelo astro australiano. Ontem em São Paulo um ladrão furou um tanque e roubou a gasolina de um carro estacionado em uma rua na zona norte da capital paulista. O dono tentou voltar para casa, mas, o carro parou no caminho. O tanque de gasolina estava furado.
GARANHUNS DESERTA
Em relação a letra futurista de Raul Seixas, me reporto a cidade de Garanhuns depois de passear pela terra da garoa, e me deparei com cenários que nunca tinha visto antes.Uma cidade que está funcionando a meia marcha.Ônibus com frota reduzida transitam com menos pessoas, lógico, pois não m há muito a se fazer.O centro comercial sem movimento, pois as pessoas não estão saindo para comprar.Bares e restaurantes vazios pois também não existem clientes para badalar.Hospitais com poucos casos de internamentos e atendimentos pois pessoas já não estão tão expostas ao perigo.
Álbum , O dia em que a terra parou , de Raul Seixas - Youtube |
Centro de abastecimentos desabastecidas pois as mercadorias não estão chegando e feiras livres com poucos comerciantes pois uma maioria estão em seus sítios onde a precarização para chegar á cidade é maior ainda do que os comerciantes da cidade de Garanhuns.
Famílias entocadas em casa poupando o restinho da gasosa para alguma
emergência.Hotéis semi vazios pois os turistas também não vêm.Os devotos fazem suas
orações em casa, culminado com igrejas vazias.Até os ladrões não estão saindo para roubar pois os caminhões
estão parados, as mercadorias não chegam e as pessoas estão isoladas em
casa.
Congressos, seminários e eventos sendo cancelados na cidade com data
remarcada para não se sabe quando.A companhia de abastecimento já pediu aos moradores para economizarem água.Escolas e Universidades dispensaram os alunos e consequentemente seus Professores.Supermercados e mercadinhos com vazios em suas prateleiras.Ruas e avenidas vazias, pouco movimento de carros e motos, e por aí vai...
Pois bem, o país entra no sétimo dia de greve dos caminhoneiros e ainda não há sinalização de que as coisas voltem a funcionar.Por enquanto Garanhuns vive o misto apocalíptico da letra do bruxo Raul Seixas " o dia em que a terra parou" e do filme futurístico da falta de gasolina da película Mad Max.
Por Marcos Antônio - Jornalista DRT 1708
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