domingo, 29 de julho de 2018

Festival de Inverno de Garanhuns : A arte de encontrar e reencontrar amigos

O Festival de Inverno de Garanhuns é antes de tudo um grande encontro ou reencontro de amigos.Amigos que vão e vêm.Amigos que outrora fizeram parte das nossas vidas de alguma forma.Seja na rua onde morava, ou na escola, numa excursão, ou nas primeiras aventuras em algum lugar ou situação.Daí numa consequência normal que a vida nos proporciona ,a vida nos separa , pois navegar é preciso.Alguns outros grandes amigos não veremos mais e outros dispersos um dia aparecem. Reencontrar amigos, essa é uma das coisas boas do Festival de Inverno de Garanhuns.Reencontrar amigos é localizar a nós mesmos,é estar afinado com uma porção de nós que existiu e não está mais presente, mas, que precisa ser renovada de tempos em tempos.


Alegria na Esplanada Cultural Mestre Dominguinhos
Reencontrar amigos é reencontrar um pouco da nossa história, nosso referencial.A gente se reabastece. A  sensação é mais ou menos como voltar à terra natal, rever a casa que morou na infância, esbarrar num grande amor ou provar uma receita de família.E,é isso que é visto nos quatro cantos dessa magnifica festa.

Abraços fraternos e saudosos.Sorrisos espontâneos e sinceros.Lagrimas que o peito não consegue segurar e extravasam num abraço apertado.Esses encontros e desencontros são necessários e fazem parte do amadurecimento do ser humano.Mas que bom que existe um Festival de Inverno que une, sorri e celebra a vida.E, existem gostos para tudo.Seja na Explanada Cultural Mestre Dominguinhos onde mesmo apinhados nota-se a alegria de se estar ao lado dos amigos vivenciando a alegria do reencontro e vale uma selfie. para registrar o momento.


Boião num visual á la Alice Cooper
Já os mais radicais também podem se reencontrar em um espaço já consolidado dentro da programação do Fig.O Boião Bar, é esse reencontro hardcore rock pop metal, um espaço underground e que recebe uma galera alternativa que vai de 0 a 100 anos.Como rock é sinônimo de atitude, a atitude por la´é radicalizar no vestuário. Ouvir Beatles, Rolling Stones, Deep Purple, é a palavra de ordem. E,  a única coisa que não pode se fazer por lá é sair sem degustar uma das tantas cachaças curtidas artesanalmente e que também celebra a vida.O anfitrião da festa, é uma espécie de guru por lá e como uma verdadeira estrela do rock internacional é o mais requisitado na sessão de fotos.Todos querem levar para seus destinos o reencontro de amigos numa foto que será posta no perfil do facebook para poder relembrar sempre que o coração apertar pela distância dos amigos.



E, a vida segue num dos palcos mais disputados da imensidão cultural do Fig. O palco da Cultura popular.Maracatus, reisados, cirandas,roda de sanfoneiros se misturam com abraços fraternos,beijos calientes,suspiros ao ver  quem não se via há muito tempo, e que está por ali e ás está muito bem.Mais, tambores, bacamarteiros, dança do coco,repentistas, declamadores e poetas se misturam com olhares abismados,paqueradores,interrogativos,desejosos,fantasiosos, e por aí vai.

Mais uma sessão de selfis com os preciosos amigos, mas, que democraticamente outros que também querem aparecer , e a partir daí já ganha-se um novo amigo.E, assim as horas passam, ás vezes a chuva dá o ar da graça, mas , ninguém quer sair daquele ambiente nostálgico e com muitas cicatrizes que são um pouco curadas após o reencontro dos amigos.
Palco da Cultura Popular um dos mais requisitados
Encontro de quem aprecia a cultura popular 

Já nos camarotes, ás vezes,sinônimo errôneo de status, diferença de classes,boçalidade,vaidade,luxo, o proposito é o mesmo.Ou seja, com um pouco mais de espaço e conforto receber os amigos.E, as conversas podem ser diplomáticas ou comerciais, politicas  ou  uma recordação de uma aventura com uma mochila nas costas quando se tinha a audácia e o vigor da juventude nos tempos de colégio.Estar lá nos camarotes não é ver o seu mundo de cima para baixo na arrogância típica dos fracos.Estar nos camarotes é agregar por exemplo amigos que só se comunicam pelas redes sociais como o camarote do blogueiro Ronaldo César.Um dos espaços mais requisitados neste Festival e que recebeu todas as classes sociais com diversos assuntos de ontem e hoje.Lá havia um acumulado de experiências, acumulo de encontros que se desencontram no dia a dia mesmo morando na mesma cidade.A foto histórica da selfie marcará um encontro de amigos que não voltará mais.No futuro algum ou alguns talvez não poderão mais  ter a chance de uma segunda selfie. Será recordado sim, mas, não estará lá.É a dinâmica da vida.

Ronaldo César comanda o camarote dos amigos do seu Blog



Já o Parque Ruber Van Der Linden, o famoso Pau Pombo, é um daqueles poucos lugares que se encontra por aí.Garanhuns tem o privilégio de ter um espaço bucólico, onde a música instrumental dá a tônica do lugar.Um espaço intimista, perfeito para se viajar no tempo através de uma conversa qualquer ao som de um blues, jazz ou outro ritmo que seja bálsamo para os nossos ouvidos

.Por lá, o encontro fraterno das almas gera felicidade, e como ela , a tal felicidade, não é um ato continuo, as pessoas se deixam ser felizes pelo bom momento de descontração e total relaxamento do espirito.Naquele espaço privilegiado as cicatrizes são benignas.Dali, se leva fotos,generosos boa sorte,apertos de mão e abraços que nos dão um up grade de alegria e animação, e a certeza de se ter feito uma grande negócio em ter partido Hasteg Garanhuns.

A natureza foi generosa no parque Pau Pombo


Citei os principais polos dessa grande festa que sempre denomino de encontro de amigos, Mas, isso vale também para as igrejas, espaços de arte,bares, restaurantes,parques,avenidas, ruas, enfim...estar em Garanhuns nesse período é curtir o que a cidade tem de melhor no aspecto cultural e encontrar, reencontrar , socializar e intercambiar novas amizades que darão continuidade a essa magia que é a vida com suas idas e vindas, perdas e danos, encontros  e desencontros.

Portanto 10 dias se passaram.Chegou o momento para os que vieram,retornarem.Ficou em Garanhuns as experiências compartilhadas, a saudade reabastecida. A esperança renovada, a bagagem  carregada de fotos que serão decoradas nas redes sociais, muitas histórias a contar,desentendimentos do passado justificados e enterrados,amores começados e até reatados,enfim, a certeza que a vinda valeu a pena.Estar  em Garanhuns em mais um Festiva de Inverno, pois como diria o poeta " amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito, mesmo, que o tempo e a distância digam não ".

Salve o Festival de Inverno de Garanhuns e até 2019...


Por Marcos Antônio - DRT 1708




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